Plano de Aula – Movimento Negro nas Redes Sociais e na Arte
📚 Disciplina:
Sociologia / História / Artes / Interdisciplinar
🧑🏽🎓 Série:
Ensino Médio (qualquer ano)
🕒 Duração:
1 aula de 50 minutos (pode ser expandida para projeto contínuo)
🎯 Objetivos:
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Compreender como o movimento negro se manifesta nas redes sociais e na arte contemporânea.
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Refletir sobre o papel da cultura na luta antirracista.
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Identificar vozes e produções negras na internet, na música, no cinema e nas artes visuais.
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Estimular a valorização da diversidade e o pensamento crítico.
📚 Conteúdos:
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Ativismo negro digital: hashtags, influenciadores, coletivos
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Arte negra contemporânea (música, cinema, poesia, artes visuais)
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Representatividade e identidade nas redes sociais
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Racismo, resistência e estética na arte
🧠 Habilidades da BNCC:
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EM13CHS105: Analisar a produção cultural em diferentes contextos e formas.
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EM13CHS401: Identificar práticas de resistência e participação social em contextos contemporâneos.
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EM13ART301: Relacionar produções artísticas à luta por direitos, identidade e memória.
📋 Metodologia:
1. Abertura (5 min):
Pergunta disparadora no quadro:
“Você segue algum artista, criador de conteúdo ou influenciador negro nas redes sociais? Por quê?”
(Alunos respondem oralmente ou via bilhete anônimo)
2. Apresentação e diálogo (15 min):
Apresentação com exemplos reais:
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Hashtags como #VidasNegrasImportam, #RepresentatividadeImporta, #CorpoNegro
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Criadores de conteúdo: Tia Má, Spartakus, Nátaly Neri, AD Júnior, Pequena Lo
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Artistas: Emicida, Linn da Quebrada, Baco Exu do Blues, Djamila Ribeiro, Jota Mombaça, Rincon Sapiência
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Exibição de um videoclipe curto ou trecho de documentário (ex: AmarElo de Emicida, disponível no YouTube/Netflix)
3. Atividade em grupos (20 min):
Organizar 4 a 6 grupos, cada um com um tema/figura para pesquisar e debater:
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Música negra como forma de denúncia social
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Moda e estética afro nas redes sociais
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Influenciadores negros no YouTube/Instagram
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Poesia falada e slam de periferia
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Cinema negro brasileiro (ex: Medida Provisória, Marte Um)
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Coletivos de arte e cultura negra (ex: Afrobapho, Coletivo Pretaria)
Cada grupo responde:
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Quem são os principais nomes?
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Que mensagem transmitem?
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Qual impacto têm na sociedade?
Cada grupo apresenta rapidamente no final da aula ou na próxima aula.
4. Fechamento (10 min):
Rodada de reflexão:
“Como a arte e as redes sociais podem ajudar a combater o racismo?”
Professor registra no quadro palavras-chave ditas pelos alunos.
📈 Avaliação:
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Participação nas discussões
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Capacidade de análise crítica sobre conteúdo artístico e digital
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Apresentação do grupo com clareza, criatividade e envolvimento
📎 Materiais necessários:
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Computador com projetor ou celular com caixinha de som
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Acesso a internet (ou links salvos previamente)
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Fichas com os temas para os grupos
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Quadro branco ou cartolina (opcional)
🧩 Atividade complementar (opcional):
Produzir uma postagem fictícia de rede social (em cartaz, slide ou papel) com conteúdo antirracista usando arte, imagem, letra de música ou texto autoral.
Pode ser parte de uma exposição na escola com o tema:
“Arte Negra é Resistência”.
Se desejar, posso preparar:
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As fichas de grupo com os temas
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Slides prontos com imagens e trechos de falas
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Sugestão de vídeos ou links confiáveis
Essas falas podem ser:
Lidas em sala como base para discussão
Usadas como legendas para cartazes
Inseridas em atividades de interpretação ou análise crítica
Complementadas com o clipe de “AmarElo” ou “Ismália” (presentes no documentário)
🎥 Trechos de falas – AmarElo – É tudo pra ontem
(Direção: Fred Ouro Preto | Roteiro: Emicida, 2020 | Classificação indicativa: 12 anos)
💬 1. Sobre ancestralidade e invisibilidade:
“Nós somos resultado de tudo que veio antes.
Mas a história da população negra no Brasil sempre foi contada como se a gente tivesse começado ontem.”
— Emicida
💬 2. Sobre arte como resistência:
“A arte é uma das poucas coisas que nos permitiu continuar vivos.
A arte negra sempre foi resistência.”
— Trecho do documentário (fala sobre a importância cultural da arte negra no Brasil)
💬 3. Sobre o Theatro Municipal de São Paulo (local do show):
“Durante muito tempo, o negro não podia sequer entrar neste lugar. Hoje, a gente tá aqui, cantando, com o pé na porta e a cabeça erguida.”
— Emicida, sobre fazer o show no Theatro Municipal
💬 4. Sobre autoestima e construção da identidade:
“Ser negro no Brasil é resistir diariamente ao apagamento da nossa história.
A gente precisa aprender a se olhar com orgulho, com amor.”
— Emicida
💬 5. Sobre Carolina Maria de Jesus:
“Carolina escreveu o que ninguém queria ver.
Com palavras simples, mostrou que a favela pensa, sente e escreve.”
— Narração do documentário sobre a escritora negra brasileira
💬 6. Sobre futuro e juventude:
“Eles tentam fazer a gente acreditar que o futuro não é pra nós.
Mas a gente tá aqui pra mudar isso.
Porque é tudo pra ontem... e também é tudo pra amanhã.”
— Trecho final do documentário, encerrando com esperança e luta
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