Mestrado 2020

 Boa tarde Galera,

Segue a proposta de mestrado para 2020


1 TÍTULO

Análise do Erro em Situações Problema de Matemática

 

2 LINHA DE PESQUISA

Ensino de Ciências Naturais e Matemática: Matemática, Física, Ciências Biológicas e Química

 

 

3 ÁREA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Matemática

 

 

4 INDICAÇÃO DE PROFESSOR ORIENTADOR VINCULADO AO PPGEEB – CEUNES/UFES

Lúcio Souza Fassarella

 


 

5 INTRODUÇÃO

 

Para ensinar, o professor precisa estar bem instruído e ter ética com o que faz, refletindo em como os seus métodos estão sendo empregados no seu cotidiano e qual tem sido sua postura em sala de aula diante das dificuldades que seus alunos apresentem:

 

"[...] não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina não posso, por outro lado, reduzir minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos. Esse é um momento apenas de minha atividade pedagógica. Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos, é o meu testemunho ético ao ensiná-los. É a decência com que o faço. É preparação científica revelada sem arrogância, pelo contrário, com humildade." FREIRE, 1996, p.40.

 

Por isso, ele deve fazer a análise dos obstáculos cognitivos que seus alunos apresentam. Quando o aluno tem uma compreensão errônea do conteúdo, é importante que ele compreenda o correto raciocínio, mas é importante que haja questionamento e diálogo interno sobre qual procedimento deve ser evitado em uma ressignificação dos conteúdos que estudou.

 

Na resolução de problemas, o aluno elabora suas estratégias mentais e escolhe qual operação realizar para desenvolver o que lhe foi proposto de forma correta. Ao se deparar com tal situação, tem várias opções a seu dispor, dentre os conhecimentos matemáticos que conhece, por exemplo: multiplicar ou dividir.

 

O problema a ser pesquisado por este anteprojeto de pesquisa se baseia-se em: Quais fatores levam o estudante a errar problemas de matemática e como o erro pode ser benéfico à prática pedagógica do professor e a aprendizagem do estudante?

 

A escolha do tema se deu pois notei grande interesse por meio da comunidade acadêmica no estudo de erros, tanto da visão do aprendiz frente aos problemas, quanto na visão do professor quanto a sua prática docente.

 

Após ensinar um conteúdo novo de matemática, o professor apresenta exercícios e problemas, onde avalia a aprendizagem do aluno e se a sua proposta pedagógica foi proveitosa. Exercícios são as atividades sem necessidade de compreensão de conteúdos e sem contextualização, na qual atividades propostas são apresentadas com conteúdos numéricos, com a conta propriamente dita. Problemas são atividades propostas na forma de situações-problema, na qual o estudante precisa raciocinar e decidir, dentre as operações e técnicas matemáticas que conhece, qual a mais eficiente para resolver o problema proposto.

 

Quando uma situação-problema é apresentada para ser resolvida, geralmente, um valor numérico é atribuído como “resposta”. O aluno pode resolver o mesmo problema por meio de etapas diferentes mas, dependendo do valor que apresente como resolução, a atividade está correta ou incorreta, conforme a quantidade numérica apresentada ao final, ou seja, se o aluno chega aquele valor, sua resolução está correta, caso o valor seja diferente do que se procurava encontrar, o resultado está incorreto. Quando encontram resoluções corretas, o que se entende é que o professor desempenhou bem o seu papel e o conteúdo foi bem transmitido, mas se o resultado for negativo, pode estar havendo um problema no processo de ensino e aprendizagem.

 

É inevitável aprender sem errar, aprendemos a ler e a interpretar o mundo ao nosso redor. A partir da análise dos erros e acertos cometidos, podemos aprender a melhorar nossa prática diária. O erro em matemática não deve ser encarado como fracasso ou incapacidade, mas como uma ferramenta aliada à aprendizagem do aluno: “[...] a atenção e o diálogo aberto às respostas erradas dos alunos, pode promover mais o aprendizado da matemática do que as atitudes corretivas e punitivas [...]”. (ROSSO, 2010, p.1031).

 

No Brasil, até os anos 70, a punição aos erros era feito por meio de castigos físicos, como por exemplo ajoelhar no milho ou levar uma palmatória na mão. A partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) castigos físicos foram considerados crime na escola e eles foram extintos, mas continuaram as punições por meio de notas baixas, de reprovação e outros.

 

Com humildade, o professor ensina e aprende junto com seus alunos (FREIRE, 2002), pois, muitas vezes, o aluno elabora métodos alternativos para a resolução de um problema e desenvolve sozinho estratégias próprias. Valorizando e encorajando as atitudes como estas, o professor propicia que os alunos desenvolvam as estruturas cognitivas e o raciocínio. As tarefas apresentadas pelo professor podem ser cumpridas de forma incomum, mas corretamente.

 

“Mais produtivo do que trabalhar para a simples correção dos erros é distingui-los e identificar as suas origens. A correção isolada condena todo e qualquer erro e nega a inteligência como ‘uma organização e seu desenvolvimento uma constante reorganização’. Imaginar que a criança ‘nada pensa, [...] nada sabe, não somente a humilha como a leva a confundir aquilo que, por conta própria, elaborou com o que lhe é ensinado’ (LA TAILLE, 1997, p. 31). Trata-se de priorizar na prática pedagógica a análise do erro, considerando o pensamento infantil como construção progressiva, não somente a correção da resposta dada.” (ROSSO, 2010, p.1010-1011)

 

Na análise dos erros em matemática, é importante a correção do erro e que o professor entenda qual o raciocínio do aluno para chegar a determinada resposta. A resposta dele deve ser valorizada e reconhecida como relevante, pois mostra as formas paralelas de raciocínio construído  e pode ser um caminho proveitoso para a sua turma em geral, pois mostrando seu raciocínio alternativo outros alunos podem também compreender discutir sobre o método utilizado e sobre as conclusões a que chegaram.

 


 

6 OBJETIVOS

 

6.1 OBJETIVO GERAL

 

Abordar o erro e seus benefícios em educação matemática por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo em escola pública de São Mateus-ES com aplicação de problemas e análise das respostas obtidas pelos estudantes.

 

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

·         Realizar pesquisa bibliográfica sobre o erro em matemática;

·         Efetuar visita de campo à uma escola pública de Ensino Fundamental no Município de São Mateus;

·         Aplicar problemas que envolvam compreensão de situações hipotéticas e envolvam a utilização de conhecimentos matemáticos a um grupo de alunos;

·         Analisar os acertos e erros dos alunos;

·         Compreender e refletir sobre a produção intelectual dos alunos, contemplando o erro como algo natural e benéfico à aprendizagem;

·         Avaliar como o professor pode utilizar-se do erro visto na forma de uma ferramenta que auxilie na aprendizagem;

·         Desdobrar as causas que, eventualmente, levam ao erro na resolução de problemas de matemática;

·         Compreender a resolução do problema na ótica do estudante de matemática do Ensino Fundamental;

·         Contemplar o erro docente e a mediação do professor neste processo.

 


 

7 METODOLOGIA

 

A metodologia se iniciará por pesquisa bibliográfica em livros, revistas, sites e repositórios acadêmicos sobre a importância da utilização de reflexão quanto ao erro na perspectiva do aluno e seus impactos na prática do professor.

 

Posteriormente, serão realizados planejamentos de aula que utilizam resolução de problemas de matemática. Será elaborada uma sequência didática com problemas em diferentes níveis de dificuldade com foco em turmas de sexto ano do Ensino Fundamental.

 

Após, será feita a pesquisa de campo no município de São Mateus-ES em uma escola pública, onde serão aplicadas as atividades previamente selecionadas.

 

A pesquisa será classificada como pesquisa-ação, pois haverá a participação das atividades propostas, com relatos e observações. A pesquisa-ação, segundo a definição de Thiollent apud Gil (1985, p. 14):

 

"... é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos do modo cooperativo ou participativo." (GIL, 2008. p. 30)

 

Os sujeitos envolvidos na pesquisa são alunos de Escola Pública de Ensino Fundamental II situadas no município de São Mateus-ES e as turmas observadas estão situadas no sexto ano. Será registrado e relatado o desenvolvimento dos alunos. As situações didáticas serão medidas qualitativamente, onde serão apontadas as evidências encontradas.

 


 

8 REFERÊNCIAS

 

CURY, Helena Noronha. Análise dos Erros: O que podemos aprender com as respostas dos alunos. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

 

Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. - 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

 

ROSSO, Ademir José, Martins Berti, Nívia, O Erro e o Ensino-Aprendizagem de Matemática na Perspectiva do Desenvolvimento da Autonomia do Aluno. Boletim de Educação Matemática – BOLEMA, 2010. Rio Claro – SP. v 23, nº 37, p. 1005 a 1035, dezembro 2010: Disponível no site: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=291221915008> Acesso em: 13/04/2018.

 


 

9 CRONOGRAMA

 

LISTA DE ATIVIDADES

1- Pesquisa bibliográfica

2- Pesquisa de campo

3- Análise dos dados

4- Considerações finais

 

2020

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2021

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